Dia após dia, o homem tem feito diversas descobertas a serem apresentadas, tanto como benefício, quanto como malefício para a humanidade. No entanto são descobertas... Que necessitaram de questionamentos, fundamentos, objetivos e um ponto de partida.
Não se descobre nada de um nada. Tudo tem um sentido, tem uma origem. Alguns estudaram e tentam provar que o homem tem como origem o macaco. E como cristãos que somos, temos como base e respaldo sólido que é a Bíblia, e concordamos com o que nos diz a narrativa do seu primeiro livro que é Gênese, que nos descreve nos capítulos 1 e 2 a origem da humanidade. Depois de ter criado o céu, a terra e os animais, Deus criou o homem a sua imagem e semelhança. Então Deus disse: “Façamos o homem a nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que se arrastam sobre a terra”. Gênese 1,26
Existem questionamentos a respeito das novidades que são ditas, algumas pessoas concordam e outras discordam, e não podemos tirar o direto da concordância ou até mesmo da discordância. Somos livres e cada um é responsável por suas escolhas e conseqüência delas.
Trazendo essa introdução da “descoberta”, quero provocar para o nosso entendimento, a procura e os questionamentos a serem feitos a nós mesmos. Os fundamentos, objetivos e o ponto de partida, para podermos concluir os desígnios de Deus na vida de cada um de nós. Não viemos de um nada, e não vamos viver sem fazer nada. Temos uma razão para a nossa existência. Temos uma vocação. Assim como no capitulo 1,26 de Gênese nos diz de que forma o homem se comportaria diante dos animais. Deus tem para nossa vida um desejo, nascido no coração Dele para executarmos na convivência comunitária.
Deus não escolheu Noé por acaso, Ele não chamou Abraão só por chamar, não elegeu Davi como outros reis só por eleger, Deus não convocou os 12 apóstolos para fazer turismos nas cidades e países onde eles estiveram. Deus não nos fez só para termos um diploma de graduação e pós-graduação, ou até mesmo doutorado e o mais alto grau de escolaridade só para termos. Não se trata de grau de entendimento ou inteligência somente. Para que adianta termos inteligência e diplomas, se não usamos do nosso conhecimento em prol do outro menos instruído. Somos batizados, esse sacramento nos remeti, nos convoca e nos impeli a missão de evangelização. Na diversidade de ministérios que a igreja nos proporciona, Deus nos escolheu e nos ungiu para um ou alguns deles. A profecia de Jeremias no capitulo 1,4-8 afirma que Foi-me dirigida nestes termos a palavra do Senhor: “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações. E eu respondi: Ah! Senhor JAVÉ, eu nem sei falar, pois que sou apenas uma criança. Replicou, porém o Senhor: Não digas: Sou apenas uma criança: porquanto irás procurar todos aqueles aos quais te enviar, e a eles dirás o que eu te ordenar. Não deverás temê-los porque estarei contigo para livrar-te” - oráculo do Senhor.
Qual é o seu chamado? Qual é a sua vocação? É vocação família? É vocação sacerdotal ou religiosa? Questione, busque fundamentos, tenha objetivo e encontre o ponto de partida.
Finalizo trazendo um dos mais belos textos da literatura cristã que nos fará entender melhor o que agora partilhamos na leitura acima:
“Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova!
Tarde demais eu te amei!
Eis que habitavas dentro de mim e eu te procurava do lado de fora!
Eu, disforme, lançava-me sobre as belas formas das tuas criaturas.
Estavas comigo, mas eu não estava contigo.
Retinham-me longe de ti as tuas criaturas, que não existiriam se em ti não existissem.
Tu me chamaste, e teu grito rompeu a minha surdez.
Fulguraste e brilhaste e tua luz afugentou a minha cegueira.
Espargiste tua fragrância e, respirando-a, suspirei por ti.
Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo de tua paz... “
Santo Agostinho
Fraterno abraço, e fique na paz inquieta do nosso Senhor Jesus Cristo!
